Drenagem urbana: o caminho das águas das chuvas


O sistema de drenagem dos loteamentos nada mais é do que o gerenciamento da água das chuvas. Diferentemente do que muitos pensam, toda a infraestrutura fica a cargo da loteadora e só depois de pronta e por um longo período de manutenção, os cuidados são repassados às autarquias responsáveis pelo tratamento de água da cidade.  São as loteadoras então que investem e fazem o pavimento das ruas, guias, bueiros, sarjetas, bocas de lobo, galeria de drenagem, sistema de detenção e infiltração nos lotes, trincheiras, valas, bolsões, entre outros itens que ajudam a água pluvial a fazer o percurso correto, sem causar danos às cidades e meio ambiente.

Todo esse conjunto é de suma importância para evitar uma série de problemas recorrentes e que assolam municípios inteiros, com inundações, enchentes e deslizamentos, principalmente no período de grandes chuvas e em locais onde não há planejamento urbano.  Isso porque, à medida que os loteamentos vão sendo ocupados por imóveis, a área vai ficando mais impermeabilizada, ou seja, tudo vai sendo cimentado e a água da chuva não tem para onde escorrer. Por isso, da importância de sempre adquirir um lote de empresas sérias e preocupadas com esse tipo de assunto básico, mas muito negligenciado.

Drenagem urbana: o caminho das águas das chuvas

Para atingir o resultado esperado, a rede de drenagem pluvial deve ser feita de materiais adequados, para que durem por décadas e até século, sem dar problemas. Por isso, é preciso fazer um estudo hidráulico, que indicará o diâmetro e o material das tubulações mais adequados para aquele determinado ponto. Porque ali, pode, por exemplo, estar próximo de alguma bacia que recebe um volume grande de chuva, ou estar em uma área plana, de difícil escoamento. Ainda precisa ser feito um estudo estrutural para definir a resistência dos tubos, considerando, por exemplo, a profundidade da obra e se haverá trânsito sobre o local.

A rede de drenagem pluvial funciona pelo escoamento da água por meio da pressão atmosférica, sem bombeamento, ou seja, a água simplesmente sai do ponto mais alto para o mais baixo. Geralmente, essas tubulações são feitas de concreto e não exigem muita manutenção se a obra for bem executada, a não ser alguma limpeza interna, porque as pessoas ainda teimam em deixar lixo na rua que pode acabar entupindo as galerias.

Um sistema bastante eficiente para resolver o problema de áreas planas, onde há mais dificuldade de escoamento, é a utilização de bolsões de contenção de água pluvial. Os bolsões são espécies de piscinões cortados em terreno natural, com cerca de 5 metros de profundidade e ligados entre si, com vazão para uma nascente mais próxima. O reservatório tem a função de segurar a água da chuva o mais tempo possível, que vai escorrendo devagar, sem causar assoreamento e erosões no ponto de desague. Parte do fluxo de água acaba sendo absorvido pelo lençol freático.

Como se vê, a drenagem urbana, apesar de ser invisível aos olhos, tem toda uma relação social e ambiental que ainda é pouco valorizada dentro de um loteamento, justamente por estar enterrada. Mas é uma missão do urbanismo buscar caminhos cada vez mais seguros para que a população se sinta segura. Afinal, águas paradas não movem moinhos.


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