Hortas Urbanas são tendência para comunidades sustentáveis


Você se preocupa com os problemas ambientais dos grandes centros urbanos? Já se perguntou o que fazer para mudar esse quadro de degradação? Saiba que grandes cidades no mundo todo estão desenvolvendo projetos relativamente simples para reverter esse cenário. Entre eles, uma das tendências das metrópoles, são as hortas urbanas. Uma iniciativa que começou nos países europeus, mas que já chegou no Brasil e em cidades do interior, como Uberlândia (MG).

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A maior do mundo está em Nova York

A Brookling Grange, por exemplo, foi premiada a maior fazenda urbana do planeta. As plantações cultivadas em três terraços do Brooklyn, um dos bairros mais conhecidos de Nova York, produzem aproximadamente 36 toneladas de alimentos orgânicos por ano.

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Além disso, a horta oferece aulas de yoga, workshops, praça de alimentação, entre outras práticas que incentivam a saúde, coletividade e contato com a natureza.

A cofundadora da Brooklyn Grande, Gwen Schantz, em entrevista para o AM New York, jornal diário da cidade estadunidense, disse que “o projeto é capaz de alimentar mente e corpo da população local”.

Anastasia Plakias, sócia de Schantz, complementa apontando que os “urbanos” ficaram cada vez mais alienados da natureza e dos seus sistemas de produção de alimento. “Nós acreditamos, realmente, que temos o dever de compartilhar esses conhecimentos com nossa cidade”, conclui.

E no Brasil?

Em 1984, já havia sido fundada a Associação Global de Desenvolvimento Sustentado (AGDS), responsável pelo primeiro projeto de educação ambiental urbana, o Ecologia Urbana, e pela construção de aproximadamente 100 hortas urbanas no estado de São Paulo.

O presidente da ONG, Nelson Pedroso, na época recém-formado em psicologia, afirma que o projeto foi inspirado em uma tese sobre psicologia ambiental. “A ideia era, a partir do relacionamento humano, fazer o resgate da aproximação de pessoas, em uma sociedade urbana, com o meio ambiente natural”, explica.

De acordo com o psicólogo, o benefícios das hortas urbanas, além do paisagismo, do equilíbrio climático e biológico do lugar, e da aproximação com fauna e flora, é humano. “Talvez o maior ganho nesses anos todos não é fazer o programa dar certo, é aprender como fazer. Como evitar conflitos, quais as formas de não desmotivar e desmobilizar uma sociedade que está buscando esse benefício”, reflete.

O programa Ecologia Urbana oferece consultorias, capacitações e implantação de hortas no estado de São Paulo. Atualmente, são 75 famílias envolvidas diretamente com o projeto.

Em Uberlândia (MG) existe outro exemplo de horta urbana

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A ONG Ação Moradia cultiva em sua sede, no bairro Morumbi, uma horta que alimenta 234 crianças da região. Por uma iniciativa da loteadora ITV Urbanismo, responsável pelo loteamento de um terço de Uberlândia, a organização está construindo uma horta urbana em uma área institucional no bairro Novo Mundo.

A intenção é que, no novo espaço, as hortaliças passem a ser comercializadas para os moradores, além de abastecer feiras orgânicas que serão realizadas em outros locais da cidade. O que sobrar será doado para a própria Ação Moradia e moradores em risco social.

Serviço:

A Horta Novo Mundo já está sendo construída. A previsão é que, em abril deste ano, sejam plantadas as primeiras mudas de hortaliças.


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