ITV Urbanismo vai construir horta orgânica em parceria com a ONG Ação Moradia


O projeto Hortas Urbanas, desenvolvido em parceria entre a loteadora ITV Urbanismo e a Ação Moradia, vai gerar emprego e renda para as famílias carentes dos bairros Dom Almir, Morumbi, Alvorada, Joana D’arc e região, além de dar a oportunidade de moradores do entorno, onde ainda não há comércio do tipo, de ter, perto de casa, produtos saudáveis, sem uso de agrotóxico, com preços acessíveis.

ITV Urbanismo vai construir horta orgânica em parceria com a ONG Ação Moradia

A ideia da horta orgânica e agroecológica, segundo o coordenador de projetos sociais da ITV Urbanismo, Leandro Carneiro, surgiu em 2016, depois de perceber a subutilização de áreas institucionais, principalmente em bairro de maior poder aquisitivo, que correspondem a 8% dos loteamentos e são destinadas para a construção de creches, postos de saúde, escolas, entre outros.

Além disso, de acordo com Carneiro, essas áreas geram custos de manutenção para a Prefeitura e têm riscos de invasão. “A ideia é que os moradores do bairro Novo Mundo e entorno tenham a experiência única de comprar hortaliças orgânicas diretamente do produtor. O projeto impacta a comunidade como um todo. Além de educar as próximas gerações, melhora a saúde das pessoas, reduzindo gastos públicos e privados e ainda gera renda.Tem tudo para virar política pública e gerar valor para mais pessoas no futuro”, disse Carneiro.

O projeto estrutural da horta orgânica e ecológica da Ação Moradia já está pronto e foi todo elaborado pelos engenheiros e arquitetos da ITV Urbanismo. A ideia é fazer uma sede de 42 m² dentro da área institucional, localizada no cruzamento das avenidas Victor Alves Pereira e Yuri Resende Miranda, no loteamento Reserva do Ipês, com recursos também doados pela loteadora e novos parceiros que se interessarem. A casa será feita com tijolos orgânicos feitos na fábrica da Ação Moradia.

Hoje, a Ação Moradia já conta com uma horta na sede do bairro Morumbi, onde será feita a capacitação dos futuros profissionais que trabalharão no projeto Hortas Urbanas, mas os produtos lá colhidos suprem apenas o consumo interno, alimentando as 240 crianças assistidas e os 30 funcionários. A intenção é que, no novo espaço, as hortaliças passem a ser comercializadas para os moradores, além de abastecer feiras orgânicas que serão realizadas em outros locais da cidade. O que sobrar será doado para a própria Ação Moradia e moradores em risco social.

Atualmente, na horta da ONG, de cerca de 1 mil m², são plantadas cerca de 50 variedades de hortaliças, como beterraba, berinjela, tomate cereja, alface.Tudo sem o uso de nenhum tipo de agrotóxico. São plantados também temperos como manjericão, sálvia, tomilho, hortelã e camomila. “Hoje, temos apenas uma pessoa trabalhando na horta, mas nossa intenção é que várias outras pessoas da comunidade trabalhem na nova sede”, disse Gabrielly Ramos de Oliveira, captadora de recursos da Ação Moradia.

Até o fim de 2018, dentro do projeto da horta orgânica e agroecológica da Ação Moradia, estava incluso também o projeto de viveiro, quando eram oferecidos cursos gratuitos ministrados pelo agrônomo Guilherme Vasconcelos.

Foi exatamente nesse público à procura de capacitação que a ONG percebeu várias pessoas em busca de emprego e renda. Maria Santana de Lima, de 46 anos, trabalha na Ação Moradia há 16 anos. Antes, ficava no serviço de limpeza da entidade e, há 1 ano, está trabalhando na horta orgânica, depois de fazer cerca de 5 cursos de capacitação. Ela disse que com a ampliação do espaço para área institucional do Reserva dos Ipês, o projeto vai ajudar outras famílias, como a dela. “Hoje estou muita mais feliz na horta, mexendo com as plantinhas. Dez vezes melhor do que limpeza. Vai ser bom ter a nova horta, porque eu vou poder aprender ainda mais”, afirmou Santana.

Para Chrystiane Akegawa, presidente do Conselho Comunitário do Bairro Novo Mundo, a horta comunitária vai trazer vantagens econômicas, ambientes e sociais para os moradores. “Vai ocupar uma área improdutiva, vai ainda promover a socialização dos moradores, que vão poder se encontrar no local, além de estimular o aprendizado de adultos e crianças a cuidar do meio ambiente. A ideia é evoluir para uma feira orgânica no bairro. Há muito tempo, a população daqui reclama da falta de comércio e de uma feira, de preferência que seja orgânica”, disse Chrystiane.

 


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