Viver perto de áreas verdes reduz as chances de ter doenças mentais


A pesquisa foi feita na cidade maravilhosa pelos cientistas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mas serve para todo e qualquer lugar, principalmente agora, em tempos de confinamento. O estudo constatou que pessoas que moram perto de áreas arborizadas, como parques e praças públicas, têm bem menos chances de desenvolver transtornos mentais comuns, como ansiedade, estresse e depressão leves.

Os cientistas do Instituto de Medicina Social da UERJ mostraram ainda que as pessoas com renda menor são as mais beneficiadas, pois têm maior acesso a vegetações urbanas em relação a pessoas de alta renda. Foram aplicados 2.584 questionários para técnico-administrativos, com base no General Health Questionnaire, indicador usado por profissionais da saúde para detectar transtornos psiquiátricos não severos. As informações foram cruzadas com dados sobre a exposição a áreas verdes a partir de imagens feitas por satélite. Além da renda, o sexo das pessoas, a idade, a prática de atividades físicas também foram consideradas.

Segundo os pesquisadores, as pessoas com menos renda acabam buscando o lazer na própria vizinhança, dentro das áreas comuns dos bairros onde moram, seja brincando na pracinha com o filho ou fazendo uma caminhada no parque. E são essas áreas arborizadas abertas ao público, de acordo com o estudo, que estão associadas ao alívio do estresse, da fadiga e de outros sintomas de transtornos mentais comuns. Além disso, esses lugares tornam o ambiente mais agradável, porque reduzem a poluição do ar e os efeitos de calor tão comuns nas cidades.

Por isso, de acordo com os cientistas responsáveis pelo estudo, com base nessas conclusões, cresce ainda mais a necessidade de se investir nas políticas públicas de planejamento urbano, com a criação e preservação de áreas verdes em bairros de periferia de cidades brasileiras, como forma de beneficiar o bem-estar psicológico de seus moradores.

Ciente dessas necessidades da população, sempre que desenvolve um empreendimento aberto, a ITV Urbanismo não mede esforços para manter o máximo de áreas verdes públicas. Para se ter ideia, dos dois loteamentos em curso, o Bem ViverUberlândia 2, na zona sul de Uberlândia, e o Bem Viver Candelária, no Rio Grande do Sul, ambos tem parques com equipamentos de lazer e arborização para que não só os moradores usufruam, mas toda a população do entorno. Em Candelária, o novo parque passará a ser a maior área pública de lazer da cidade gaúcha.

Outra pesquisa

Outra pesquisa feita na capital paulista pela turma da Universidade de São Paulo (USP) também mostra que, além de deixar as cidades mais bonitas e a mente mais saudável, lugares arborizados oferecem menos risco de hipertensão, problema que pode ocasionar infartos e derrames. Para realizar o estudo, os pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP analisaram informações sobre 3 418 funcionários da instituição – todos moradores da cidade de São Paulo, sendo que 32% são hipertensos, ou seja, 1 093.

Não é à toa que a procura por terrenos nos condomínios Jardins do Golfe e Ecologie Residencial Itatiba, no interior do Estado, por clientes que moram no ABC paulista cresceu 30%. Com a possibilidade de trabalhar em home office, os profissionais estão em busca de casas maiores para família, com espaço para o escritório, um quintal com área de lazer e proximidade com áreas verdes para praticar exercícios físicos ao ar livre. Outro atrativo é o preço mais acessível pelo metro quadrado e o custo de vida bem menor se comparado às grandes metrópoles.


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