Pavimentação, guias e sarjetas: a obra visível aos olhos


Ao encerrar as obras subterrâneas de drenagem e a construção das redes de esgoto e de água potável, a loteadora passa para a parte visível do empreendimento. Nessa etapa, é feita a pavimentação, com a abertura das ruas e a construção das guias e sarjetas.

Mas muito mais do que simplesmente asfaltar o novo empreendimento, a loteadora precisa seguir um projeto de pavimentação, cumprindo várias exigências específicas de cada município e respeitando as características da área. Esse estudo prévio vai garantir que a estrutura viária suporte o tráfego previsto para passar por aquele local, mantendo a malha asfáltica intacta por muitos e muitos anos.

Pavimentação, guias e sarjetas: a obra visível aos olhos

O tipo de asfalto vai depender ainda da escassez ou abundância de determinado material para execução da obra. Geralmente, são feitas 4 camadas principais, com tratamentos de subleito, sub-base, base pintura de ligação e o revestimento asfáltico.

No projeto do loteamento já estão demarcadas onde serão abertas as ruas e avenidas. Para começar, é feita essa marcação das vias pela topografia. É preciso, obviamente, que o terreno esteja limpo e, por isso, é feita a retirada de todo entulho, da camada vegetal, remoção de árvores e qualquer outro obstáculo.

Na hora de pavimentar, o asfalto pode ser fabricado na usina fixa ou móvel ou pode ser preparado na própria pista de rolagem. O material pode ser feito com o uso de concreto betuminoso usinado a quente, que como o próprio nome diz é manuseado quando o material está quente, ou pode ser com o uso de emulsão asfáltica fria. Esta geralmente usada em ruas de baixo volume de tráfego.

Já a guia, também conhecida como meio-fio, que nada mais é do que a borda da calçada, é montada com concreto pré-moldado ou feito no próprio local. Sua função, em conjunto com a sarjeta (que é aquele canal entre a calçada e a rua e por onde passa a água da chuva), está ligada à parte de drenagem, pois ambos captam e encaminham as águas pluviais para as bocas de lobo, auxiliando assim na conservação do asfalto. A guia pode ser feita antes ou depois do pavimento, vai depender de quem está executando a obra ou até do tipo de material do asfalto.

Em bairros mais antigos, é comum ver ruas e calçadas bem estreitas, pois o uso de veículos e a população eram igualmente pequenos. Já no urbanismo moderno, a ideia é  projetar calçadas mais largas e equipadas e ruas mais seguras para caminhar, pedalar e com espaço para outros modais.  Com isso, as vias ganharam ciclovias, faixas e corredores de ônibus e ficaram mais conectadas com o entorno.  Na linha Bem Viver, por exemplo, criada pela ITV Urbanismo, tem ruas e avenidas largas e de trânsito rápido conectadas em ruas sem saída, para dar privacidade aos moradores e a sensação de se viver em um condomínio fechado.


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